Garo: Red Requiem – Análise

Já faz um tempo que a Sato Company, através de seu canal oficial no Youtube: Tokusatsu TV, vem disponibilizando gratuitamente e de maneira legalizada vários episódios completos e dublados de Jaspion, Changeman, Jiraiya, Jiban, National Kid entre outros. A novidade da vez fica por conta do lançamento do filme Garo: Red Requiem, que anteriormente foi distribuído pelo Netflix, mas saiu da grade já tem um bom tempo. O filme chega ao Youtube com dublagem em português, sendo uma ótima oportunidade para os fãs de tokusatsu assistirem a um filme do gênero em nosso idioma. Nós da Divisão Tokusatsu assistimos ao filme e deixamos aqui as nossas impressões.

Sinopse e Staff

Baseado na série, Garo, Red Requiem mostra Kouga Saejima viajando para sua cidade natal após receber uma ordem para caçar um terrível monstro chamado Karma que está atacando secretamente as pessoas. Durante a batalha para salvar um bebê de outro monstro, o jovem transforma-se em Garo e na batalha conhece três sacerdotes Makai: Akaza, Shiguto e Rekka. Juntos eles prometem derrotar todas criaturas que assolam a cidade.​ Do outro lado temos dois Horrors trabalhando para Kharma, recrutando pessoas com desejos profundos e maliciosos para servirem de “alimento” para sua líder. O filme serve ainda como prelúdio para a temporada Garo: Makai Senki.

O filme conta com a direção de Keita Amemiya, criador da franquia que já dirigiu vários episódios de séries como Zyuranger, Jetman e Spielvan, além de ter sido criador de Jiban, e designer de Kamen Rider Black e RX, Decade e Winspector. Temos também o retorno de Hiroki Konishi como Kouga Saejima, Saori Hara como Kharma (Atriz que retorna como a vilã Amily em Garo Gold Storm) além do incomparável Hironobu Kageyama dando sua voz para o anel Zaruba.

Impressões

Garo, pelo menos em suas primeiras temporadas, se mostrava uma série para adultos, já que havia um grau elevado de violência em momentos de ação e algumas cenas com nudez, no Brasil nada fora do comum se comparado com algumas produções nacionais. Red Requiem traz esta mesma pegada em alguns momentos com uma certa dose de nudez em algumas cenas e um pouco de sangue e violência durante as lutas.

Com poucos personagens a serem explorados, temos uma história coesa e com alguns pontos de ligação entre o passado dos personagens e a situação atual que se encontram. A sub trama que envolve a sacerdotisa Makai Rekka, indo de encontro com a história de um outro personagem foi muito interessante.

Algumas cenas trazem uma execução um pouco diferente do que estamos acostumados na série. Durante as partes mais dramáticas do filme, temos algumas cenas que parecem ter sido retiradas de uma peça de teatro, o que pode parecer uma interpretação artificial para alguns, mas Garo, pelo menos nas primeiras temporadas, sempre teve uma pegada teatral.

Nas cenas de luta, temos ótimas tomadas nas lutas em que tanto os heróis quanto os Horrors estão em sua forma civil, com exceção da luta inicial que me pareceu um pouco artificial. Coreografias bem montadas e o uso de cabos para içar os atores em alguns momentos abrilhantaram tais momentos, mas quanto as lutas envolvem CG, algumas cenas ficam mal coreografadas.
Um destaque para uma sequencia em que tanto a fotografia quanto a execução nos passa a impressão de que estamos vendo um filme de terror.

Visual

O visual de Garo sempre foi algo de encher os olhos. Neste filme temos a mesma armadura de Kouga da primeira temporada, e sente-se a falta de cenas onde aparece um dublê usando a armadura de verdade, em troca temos o uso de CG, que em alguns momentos foi meio que mal executado. Mas mesmo com a baixa qualidade de algumas cenas em CG, vale lembrar que o filme é de 2010, o visual dos Horrors foi muito bem trabalhado. O visual dos três grandes Horrors que aparecem no filme são muito “feios”, mas no bom sentido da palavra. São monstros que parecem ter sido retirados de algum pesadelo ou jogo de terror. Nos momentos finais temos uma luta toda feita em CG, mas que nos enche os olhos pelo visual e pelo clímax final. E que clímax final!

Conclusão

Um ótimo filme de tokusatsu com uma identidade própria, sendo uma grande pedida para dar uma variada além das escolas Toei e Tsuburaya. Para quem já conhece Garo, o filme é mais uma oportunidade de rever os velhos conhecidos Kouga e Zaruba. Para quem nunca assistiu Garo, o filme pode servir como porta de entrada para conhecer esta franquia. Como o filme está em português também é uma boa pedia para a galera que conheceu tokusatsu pela Manchete e não curte muito assistir séries do gênero legendadas.

                            Nota 7/10 

Vale lembrar que o filme estará disponível no Youtube até o dia 25 de agosto, no canal Tokusatsu TV. Se gostar, se inscreva no canal e assista as demais séries disponíveis. Vamos dar nosso apoio a esta iniciativa de distribuição de tokusatsu no Brasil.

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